Pular para o conteúdo principal

O que é mente pura e mente impura? conversas com Ramana Maharshi

O que é mente pura e mente impura? conversas com Ramana Maharshi

Quando o poder indefinível de Brahman se separa de Brahman e, unindo-se ao reflexo
da consciência ( chidabhasa ), assume diversas formas, isso é chamado de mente
impura. Quando ele se liberta do reflexo da consciência ( abhasa ) por meio da
discriminação, ele é chamado de mente pura. Seu estado de união com o Brahman é sua
apreensão de Brahman . A energia que é acompanhada pelo reflexo da consciência é
chamada de mente impura, e seu estado de estar separada de Brahman é sua nãoapreensãode
Brahman .

É possível superar, enquanto o corpo ainda existe, o karma ( prarahabda ) que, ao que se diz, perdura até que o corpo chegue ao fim?

Sim. Se o agente do qual o karma depende, ou seja, o ego, que surgiu entre o corpo e o
Eu, se funde em sua fonte e perde sua forma, como pode o karma que depende dele sobreviver? Portanto, quando não há “eu” não há karma.

Como o Eu é existência e consciência, qual a razão para descrevê-lo como diferente do existente e do não-existente, do senciente e do não-senciente?

Embora o Eu seja real, uma vez que ele engloba tudo, ele não dá margem a perguntas
que envolvam dualidade sobre sua realidade ou irrealidade. Por essa razão, é dito que
ele é diferente do real e do irreal. Da mesma forma, muito embora ele seja consciência,
uma vez que não há nada para ele conhecer ou para quem ele se fazer conhecido, é dito
que ele é diferente do senciente e do não-senciente.

conversas com Ramana Maharshi

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Quem sou eu? Texto por Sri Ramana Maharshi

Quem sou eu?               Sri Ramana Maharshi (oferecido por Felipe Ubaldo)    Eu não o corpo físico, composto de sete humores (dhatus). Eu não sou os cinco sentidos (audição, toque, visão, paladar e olfato), que apreendem seus objetos respectivos (som, sensação, forma, gosto e cheiro). Eu não sou os cinco órgãos da ação: fala, locomoção, manipulação, excreção e procriação, com suas respectivas funções (falar, movimentar, segurar, expelir e desfrutar). Eu não sou as cinco energias vitais (prana, etc), que executam as cinco funções de inspiração, etc. Eu não sou nem mesmo a mente que pensa. Eu não sou o estado de incognoscibilidade, no qual restam apenas as impressões residuais dos fenômenos, e no qual não há nem fenômenos nem atividade. Se eu não sou nada disso, então quem sou eu?    Depois de negar tudo o que foi mencionado como “não isto”, aquela Consciência que permanece por si só – eu sou Aquilo. Qual a natureza da Consciência?    A na

A AUSÊNCIA DE DESEJOS, A MAIOR BEM-AVENTURANÇA - Texto por NISARGADATTA MAHARAJ

A AUSÊNCIA DE DESEJOS, A MAIOR BEM-AVENTURANÇA Texto por NISARGADATTA MAHARAJ Pergunta: Encontrei-me com muitas pessoas realizadas, mas nunca com um homem liberado. Você já conheceu algum homem liberado, ou a liberação significa, entre outras coisas, abandonar também o corpo? Maharaj: O que você entende por realização e liberação? P: Por realização quero dizer uma experiência maravilhosa de paz, bondade e beleza, quando o mundo faz sentido e há uma unidade que a tudo permeia de substância e essência. Apesar de tal experiência não durar, não pode ser esquecida. Brilha na mente como recordação e desejo. Sei do que estou falando porque tenho tido tais experiências. Por liberação quero dizer estar permanentemente neste estado maravilhoso. O que pergunto é se a liberação é compatível com a sobrevivência do corpo. M: O que está errado com o corpo? P. O corpo é muito débil e de breve duração. Cria necessidades e desejos. Limita-nos dolorosamente. M: E daí? Que as expressões físicas sejam l

Bem Aqui – Bem Agora - Texto por Gilbert Schulz

Bem Aqui – Bem Agora Bem aqui, bem agora, a realidade Ultima é claramente óbvia. Contudo ninguém a vê como óbvia. As pessoas imaginam que ‘chegarão’ a um ‘Entendimento Final’. Isso é uma impossibilidade. A fabricação que é uma ‘pessoa’ não tem qualquer conexão com a Essência Universal de Ser, a qual é Entendimento em si mesma. A ‘pessoa’ é um conceito que apenas ‘parece ser’. À medida que o ‘pessoal’ se dissolve em espaço vazio, o que acontece muitas vezes ao dia para todos nós, o conhecimento claro, direto e imediato é deixado, como ele é, sem nenhum estorvo – Como ele sempre É. A mente presa em buscar, perde o óbvio. Essa imediacidade é tão claramente evidente – contudo poucos vêem seu verdadeiro valor. Como um padrão individualizado de energia, você está submerso nela como uma baleia no oceano. Não há qualquer palavra que possa descrevê-la porque ela está alem de toda descrição e linguagem. Ela não é um estado. Contudo ela está tão profundamente presente. Toda partícula nesse uni