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Mostrando postagens de 2017

Simplicidade não é a mera ostentação exterior. Texto por Jiddu Krishnamurti.

Simplicidade não é a mera ostentação exterior. O ajustamento a um padrão de simplicidade é exibicionismo; confere respeitabilidade ao homem que se cobre com uma tanga. Ser sanyasi é uma forma burguesa de respeitabilidade. Mas, o santo nunca conhecerá a simplicidade, porque não é simples; vive numa batalha perpétua consigo mesmo. E encontrar, descobrir a verdade, é compreender a natureza da observação, é observar sem pensamento, sem interferência do pensamento, sem o tempo. E temos de compreender esse “espaço do silêncio”, de compreender toda a questão da experiência. Todos desejamos experiências; quanto mais experiências, melhor. Porque estamos fartos da experiência diária da vida. Com ela já nos acostumamos e, por isso, dizemos “Queremos mais experiência; ir à Lua, viver no fundo do mar; mais e mais experiência!” — Mas, na mente que busca experiência ou está saturada de experiência, não existe espaço e, por conseguinte, não há silêncio. Por “experiência”, entendemos a “resposta” ou r

Escuta com muita atenção estas palavras. Texto por OSHO

Escuta com muita atenção estas palavras:  Com grande perseverança... A menos que ponha todo seu esforço em despertar, não ocorrerá.  Os esforços parciais são inúteis. Não se pode ser uma coisa pela metade, não se pode ser morno isso não servirá de nada.  A água morna não pode evaporar-se, e os esforços mornos por estar alerta estão condenados ao fracasso. A transformação somente ocorre quando põe toda sua energia nisso. Quando ferve a cem graus, então te evapora, então se produz a mudança alquímico. Então começa a ascender.  Não o observaste?  A água flui para baixo, mas o vapor sobe ao alto. Aqui ocorre exatamente o mesmo: a inconsciência vai para baixo, a consciência vai para cima. E uma coisa mais: para cima é sinônimo de dentro, e para baixo é sinônimo de fora. A consciência vai para dentro, a inconsciência vai para fora. A inconsciência faz que te interesse no outro: outras coisas, outras pessoas, mas sempre outros. A inconsciência te mantém em uma completa escuridão, seus

Mantenha simples - Texto de um Satsang com Mooji

Mantenha simples   Trechos de um Satsang em Ubatuba, em março de 2008 Transcrição Veetshish Om. Discípulo – Mas... existe uma agonia... de conseguir permanecer no eu sou com todo o dia-a-dia. Mooji: Isso é devido realmente a conceitos errôneos. Sempre que você sente ‘eu’, o eu é o Eu Sou. Tentar ser o Eu Sou é um pensamento que surge no Eu Sou. Mantenha simples. Eu é Eu Sou. Eu não é uma pessoa. A pessoa em si é uma modificação do Eu Sou; na maioria dos casos, uma distorção do Eu Sou. O Eu Sou é sinônimo de Consciência ou Ser. E este Eu Sou aparentemente se transmuta para uma pessoa simplesmente através da identificação com o corpo-mente. Então este Eu Sou experimenta a si mesmo como se ele fosse o corpo-mente. Ele se imagina ser um corpo-mente, uma pessoa diferente porque são corpos diferentes. Porque este Eu Sou se identifica com o corpo, com a construção elemental única de cada corpo e se imagina ser, se identifica ser este corpo. É uma modificação. Mas esta modificação é apenas a

PURA PRESENÇA – A PEDRA FILOSOFAL DA ALQUIMIA texto por Veetshish Om

PURA PRESENÇA – A PEDRA FILOSOFAL DA ALQUIMIA Veetshish Om Conhecer e ser a verdadeira Face-Sem- Face, a nossa real identidade (que pode ser apresentada como espacialidade-aberta- para-o- que-quer- que-seja), é a sabedoria que naturalmente aparece a partir da clareza revelada da Verdade.  Tudo aquilo que fazia acontecer uma contração, tudo que vinha como um conflito porque, aparentemente, não podia estar acontecendo, agora “pode” ser! Nessa espacialidade, inicialmente, há um ir e vir entre esse estado de reconhecimento silencioso, calmo, pacífico e, vez ou outra, o estado da mente em turbilhão. Entenda mente, aqui, não necessariamente como um discurso mental, mas também como um nível emocional, energético. É assim porque durante muito, muito tempo investiu-se imensa energia em ser aquilo que você “achava” que era.  Faz parte da dinâmica da vida querer só o lado aquietado, tranquilo, suave, silencioso e não querer que venha a inquietude. Porém os turbilhões também fazem parte da dinâ

Sua vida imediata é ESTE momento. Texto por Gilbert Schultz

Auto-realização é simplesmente ‘ver o que é’. A potencia da revelação se dá sempre via o puro ‘ver’. Não há nenhum ponto, em nenhum momento, em que o ‘ver’ não esteja acontecendo. Assim, meu conselho é para abandonar todo estudo e simplesmente prestar atenção ao que é.  Isso é simplesmente óbvio. Ver não é um ‘fazer’ feito por alguma entidade. Sua vida imediata é ESTE momento, simplesmente como ele é. Deixe o estado natural ressonar. A visão parecerá abrir-se espontaneamente, sem que qualquer esforço seja feito por quem quer que seja. Não siga necessariamente qualquer linha de pensamento. Melhor seguir o simples contentamento da auto-descoberta. Este momento é sempre fresco e novo. Gilbert Schultz

O SONHO DO PENSAMENTO texto por Eckhart Tolle 😃 💜 NADA DAQUILO QUE VAI E VOLTA É VOCÊ!!!!

Em você, como em cada ser humano, existe uma dimensão de consciência bem mais profunda que o pensamento.  É a essência de quem você é. Podemos chamá-la de presença, de percepção, de consciência livre de condicionamentos. Nos antigos ensinamentos religiosos, essa consciência é o Cristo interior ou a sua natureza do Buda. 💜 Se você consegue RECONHECER, mesmo esporadicamente, que os pensamentos que passam por sua cabeça são meros pensamentos, se você consegue dar conta dos padrões que se repetem em suas reações mentais e emocionais, é sinal de que essa dimensão de consciência está emergindo. Ela é o espaço interno em que o conteúdo de sua vida se desdobra. A corrente do pensamento tem uma enorme força que pode muito FACILMENTE levar você de roldão. Cada pensamento TEM A PRETENSÃO DE SER EXTREMAMENTE IMPORTANTE. Cada pensamento quer SUGAR SUA COMPLETA ATENÇÃO. Não leve seus pensamentos a sério! Com que facilidade as pessoas ficam aprisionadas nas armadilhas de seus pensamentos. Como a

EMOCIONALIDADE - texto por Veetshish Om

EMOCIONALIDADE É importante falar um pouco da emocionalidade, pois a Compreensão só é completa quando toca o aspecto emocional. Na linguagem usada aqui, a mente não é apenas a compreensão racional. Volta e meia é dito: desce para cá. [apontando o coração] Quando a emocionalidade vem, é tão potente e tão forte que rapidinho a identidade fica presa em padrões que são muitos amplos, muitas vezes são culturais, são sociais. E por isso eles são mais fortes e são mais reforçados ainda. Os pensamentos retornam com aspecto de verdade, dúvida: “E se eu não conseguir?, Puxa, é difícil pra caramba... Nossa! isso que você fala é muito difícil, esse negócio é muito complicado.” Quando a emocionalidade vem, em primeiro lugar tenha compaixão por si mesmo. Aceitar o que se apresenta. Aceitação vira compaixão. Essa emocionalidade, às vezes, vem de uma forma intensa mesmo, num desespero. Mas, às vezes, ela vem em forma de orgulho, de uma vontade de aparecer, isso é também uma emocionalidad

O início da busca, o reconhecimento e a Realização.

Kavish: ​ Bom dia. Veet, podes falar um pouco sobre os mecanismos sutis da ideia de um "eu separado" que quer saber o que é Reconhecer a Real Natureza? Percebo aqui, e também em muitas falas em Satsang, esse fundo que é uma sensação de falta e um senso, muitas vezes mental, em querer apreender uma ideia do que seria "se eu estivesse finalmente livre". Há várias nuances de histórias que se passam por uma verdadeira e honesta investigação. Ainda sendo uma investigação do 'eu' separado muito sutil, a mente se camufla (não sei se é uma boa palavra), e por trás há sempre um interesse pessoal de se libertar e isso persiste até que se dê conta de que há um fluxo de atenção e investigação já sendo feito e visto pela própria consciência e atenção viva. Pode falar sobre isso? ​ Veetshish: ​ Bom dia! Muito preciosa a percepção que vem da fala do Kavish. Quando ela se torna reconhecida,

A COMPLEXA INFLEXIBILIDADE TIRÂNICA DA MENTE OU UMAS GOTAS DE CLAREZA Por Satyaprem

A COMPLEXA INFLEXIBILIDADE TIRÂNICA DA MENTE OU UMAS GOTAS DE CLAREZA Por Satyaprem Sócrates terminou aqui: "Sei que nada sei". E nós estamos começando nisso. Você é feliz ou triste? Responda "Não sei", por favor! Responda "Não sei" e veja como isso é muito melhor do que entrar em qualquer discussão baseada no que você pensa. É óbvio que, dado o contexto, você escolhe umas memórias e não outras. E a isso você chama de "realidade". No entanto, se você tomar uns dois copos de whisky, vai mudar completamente a sua forma de pensar. Um chá de cogumelo vai alterar mais ainda. E umas gotas de clareza, então? Muda tudo. Só te resta rir. De repente você se pega rindo do seu guarda-roupa. "Quem foi que comprou aqueles troços?" – você há de se perguntar em algum momento. "E aquele quadro ridículo?" A descoberta de si desperta o bom humor – isso é presença. Às vezes ouvimos alguém dizer "esse cara tem uma presença

FELICIDADE - Texto por Ramana Maharishi

FELICIDADE Todos os seres desejam a felicidade perene, felicidade sem qualquer laivo de tristeza. Ao mesmo tempo amam a si próprios acima de tudo. A causa deste amor reside somente na felicidade. Assim a felicidade deve residir no interior de cada um. Posteriormente essa felicidade é experimentada por todos durante o sono profundo quando não existe a mente. A fim de atingir este estado natural de felicidade a pessoa deve conhecer a si mesmo, por isso a auto-indagação “Quem sou eu?” é o método mais importante. Felicidade é a natureza do Eu (Divino), ambos são a mesma coisa. A única felicidade real é a do Eu (Divino). Esta é a verdade. Não há felicidade em quaisquer objetos do mundo. Por causa de nossa ignorância imaginamos que a felicidade tem origem neles. Se, como o homem geralmente imagina, sua felicidade se deve a causas externas, é razoável concluir que esta felicidade deva crescer com o aumento das posses e diminuir proporcionalmente ao seu decréscimo. Desse modo se ele é destit

O SILÊNCIO COMO GUIA Por Satyaprem.

O SILÊNCIO COMO GUIA Por Satyaprem Atente para aquilo que é essencialmente você, e pare de pensar a respeito do que quer que seja. Veja se existe alguma marca n o Silêncio que você é. Há alguma outra maneira de sofrer por algo que passou, senão pensando? Sem pensar, não tem como doer. E, atenção! Não proponho que negue o que aconteceu, apenas não repense, não reconte, permaneça no agora e o sofrimento começa a desprender-se de você. Você está apegado aos acontecimentos. Em si, as coisas não têm vitalidade, não são nada. Você é quem dá valor a tudo o que vê. Se não reconta e não se apega, as coisas se desprendem, deixam de existir, e você deixa de estar triste. Mas isso põe a sua identidade em xeque. Assumindo essa realidade, você não precisará mais de ajuda, e não será mais vítima de nada. A posição de vítima, embora dolorosa, é confortável – faz com que você consiga algumas coisas –, mas não passa de uma mendicância. O meu convite, portanto, é para que você entre em Si e pare

A inquirição silenciosa - Satsang com Mooji

A inquirição silenciosa - Satsang com Mooji   Trechos do Satsang São Lourenço (MG), em Março de 2008 Transcrição - Veetshish Om Pergunta – Mestre, essa não-mente que o senhor fala, seria o fluir da intuição, justamente algo diferente; como o Eu Sou, o que estou perguntando. Mooji - Isto que não é esta mente, não é um outro tipo de mente. É como se fosse um espaço, mas eu não quero dar uma imagem a isso, porque a mente em si, ela rapidamente dá uma imagem a algo que não tem uma imagem. A única coisa que eu posso falar seria: tudo que você percebe é um pensamento, sensação, emoção, sentimentos, objetos, o que você chama de mente, memórias, qualquer coisa que é percebida, não pode existir sem você que os percebe. Isto é um ponto muito simples, um senso comum. Você não deve pensar que é algo complexo, ou profundo. No momento em que você entende o que eu falei, você vai ver o quão simples é. Você está observando todas estas coisas. Então experimenta quem você é, experimenta quem percebe