FELICIDADE
Todos os seres desejam a felicidade perene, felicidade sem qualquer laivo de tristeza. Ao
mesmo tempo amam a si próprios acima de tudo. A causa deste amor reside somente na
felicidade. Assim a felicidade deve residir no interior de cada um. Posteriormente essa
felicidade é experimentada por todos durante o sono profundo quando não existe a mente.
A fim de atingir este estado natural de felicidade a pessoa deve conhecer a si mesmo, por
isso a auto-indagação “Quem sou eu?” é o método mais importante.
Felicidade é a natureza do Eu (Divino), ambos são a mesma coisa. A única felicidade real é
a do Eu (Divino). Esta é a verdade. Não há felicidade em quaisquer objetos do mundo. Por
causa de nossa ignorância imaginamos que a felicidade tem origem neles. Se, como o
homem geralmente imagina, sua felicidade se deve a causas externas, é razoável concluir
que esta felicidade deva crescer com o aumento das posses e diminuir proporcionalmente
ao seu decréscimo. Desse modo se ele é destituído de posses sua felicidade deveria ser nula.
Qual é, entretanto, a experiência real do homem? Confirmaria ele esse ponto de vista? No
sono profundo o homem acha-se destituído de todas as posses, inclusive de seu próprio
corpo. Ao contrário de ser infeliz ele se acha muito feliz. Todos desejam um sono
profundo.
A conclusão, portanto é que a felicidade é inerente no homem e não se deve a
causas exteriores. A pessoa deve realizar o Eu (Divino) de modo a abrir o reservatório da
genuína felicidade. Há uma história no livro Panchadasi mostrando que nossos sofrimentos
e prazeres não se devem aos fatos mas aos nossos conceitos. Dois jovens de uma aldeia
fizeram uma peregrinação ao norte da Índia. Um deles morreu mas o outro tendo
conseguido um emprego decidiu voltar à aldeia de origem algum tempo depois. Neste
intervalo conheceu um peregrino errante ao qual incumbiu de dar notícias suas e da morte
de seu amigo ao pessoal de sua aldeia. O peregrino transmitiu as notícias e, ao fazê-lo,
trocou, inadvertidamente, os nomes deles. O resultado é que os parentes e amigos do
falecido ficaram contentes ao saber que tudo estava bem; enquanto que o pessoal do
peregrino vivo ficou pesaroso por crer que ele havia morrido.
Eu costumava sentar no chão e deitar no solo, sem qualquer lençol. Isto é liberdade. O sofá
é um liame. É uma prisão para mim. Não tenho permissão de sentar aonde e como gosto. A
pessoa deve ser livre para fazer o que lhe agrada e não para ser servil aos outros. “Não
desejar” é a grande bem-aventurança. Só pode ser realizado pela experiência. Até mesmo
um imperador não pode desafiar a um homem sem desejos.
Ramana Maharishi
Todos os seres desejam a felicidade perene, felicidade sem qualquer laivo de tristeza. Ao
mesmo tempo amam a si próprios acima de tudo. A causa deste amor reside somente na
felicidade. Assim a felicidade deve residir no interior de cada um. Posteriormente essa
felicidade é experimentada por todos durante o sono profundo quando não existe a mente.
A fim de atingir este estado natural de felicidade a pessoa deve conhecer a si mesmo, por
isso a auto-indagação “Quem sou eu?” é o método mais importante.
Felicidade é a natureza do Eu (Divino), ambos são a mesma coisa. A única felicidade real é
a do Eu (Divino). Esta é a verdade. Não há felicidade em quaisquer objetos do mundo. Por
causa de nossa ignorância imaginamos que a felicidade tem origem neles. Se, como o
homem geralmente imagina, sua felicidade se deve a causas externas, é razoável concluir
que esta felicidade deva crescer com o aumento das posses e diminuir proporcionalmente
ao seu decréscimo. Desse modo se ele é destituído de posses sua felicidade deveria ser nula.
Qual é, entretanto, a experiência real do homem? Confirmaria ele esse ponto de vista? No
sono profundo o homem acha-se destituído de todas as posses, inclusive de seu próprio
corpo. Ao contrário de ser infeliz ele se acha muito feliz. Todos desejam um sono
profundo.
A conclusão, portanto é que a felicidade é inerente no homem e não se deve a
causas exteriores. A pessoa deve realizar o Eu (Divino) de modo a abrir o reservatório da
genuína felicidade. Há uma história no livro Panchadasi mostrando que nossos sofrimentos
e prazeres não se devem aos fatos mas aos nossos conceitos. Dois jovens de uma aldeia
fizeram uma peregrinação ao norte da Índia. Um deles morreu mas o outro tendo
conseguido um emprego decidiu voltar à aldeia de origem algum tempo depois. Neste
intervalo conheceu um peregrino errante ao qual incumbiu de dar notícias suas e da morte
de seu amigo ao pessoal de sua aldeia. O peregrino transmitiu as notícias e, ao fazê-lo,
trocou, inadvertidamente, os nomes deles. O resultado é que os parentes e amigos do
falecido ficaram contentes ao saber que tudo estava bem; enquanto que o pessoal do
peregrino vivo ficou pesaroso por crer que ele havia morrido.
Eu costumava sentar no chão e deitar no solo, sem qualquer lençol. Isto é liberdade. O sofá
é um liame. É uma prisão para mim. Não tenho permissão de sentar aonde e como gosto. A
pessoa deve ser livre para fazer o que lhe agrada e não para ser servil aos outros. “Não
desejar” é a grande bem-aventurança. Só pode ser realizado pela experiência. Até mesmo
um imperador não pode desafiar a um homem sem desejos.
Ramana Maharishi
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